Este é o CANCIONERINHO DE MOLEDO, Quefoi a LEILÃO
Lote
0564
Descrição
MEIRELLES, Cecília.INÉDITO DE CECILIA MEIRELLESCANCIONEIRINHO DE MOLÊDO DA PENAJOIA. Desenhos de Cecília Meirelles. Lisboa, 1934.In - 4º peq. de 196 págs. Brochado.Capas em cartolina fina, reforçadas com badanas no verso, feitas manualmente, atadas com belo cordel vermelho laranja e amarelo, e com desenhos e letras a preto e sombreado azul, formando o titulo: « Cecilia Meirelles recolheu este // (singelo desenho retratando jarrinha de flores) // Cancionei//rinho // de Molêdo da Penajoia // » Contracapa com duas flores, atadas por nó de amor. Dedicatória autógrafa inicial: « À poetisa Fernanda de Castro, estas cantigas de Portugal, recolhidas por uma brasileira, 1934». O texto das cantigas é dactilografado. Entrando em Portugal a 11 de Outubro de 1934, e permanecendo algum tempo em Lisboa apesar de não se cruzar com F. Pessoa, Cecília foi depois a Coimbra proferir uma conferência na Universidade e ser homenageada com uma serenata dos estudantes, sob os auspícios de Gaspar Simões e Afonso Duarte. Deve ter sido em seguida que partiu para a terra natal do seu marido, o caricaturista Fernando Correia Dias (amigo de Fernando.Pessoa), Molêdo de Penajoia (o que é desconhecido das biografias), onde fez esta notável recolha de 800 quadras do cancioneiro popular português, que dois anos depois, ao nível musical, receberá outro pesquizador estrangeiro R.Gallup, para o imortalizar. Este cancioneiro está dividido em sete estações, sinalizadas por uma página branca, com um desenho de Cecilia e o título, sendo o 1º , com um sol e uma lua divertidos, 'Cancioneirinho', que é a apresentação feita ao estilo dos cancioneiros, mas em quadras dela própria. São três páginas de supreendente fluidez poética, unindo o antigo e ela própria, de modo único:« Vindimai, vindimadores, / ninguém vindima como eu:/ a fruta, que vai, é vossa,/ o cantar, que fica, é meu./. Segue-se o Moledo da Penajóia (8 págs.), Cantigas (o mais longo com 65 págs.), Loas de Reis (4 págs.), Embalos (1 pág.), Santos (1), e Parlendas (4). Por este exemplar,oferecido a D.Fernanda de Castro, mulher de António Ferro, há mais de oitenta anos, eis que Cecília Meireles ressuscita nos nossos dias, cheia de simplicidade e amor: «Vendo tudo quanto tenho,/ memória e imaginação,/ por cinco reis de alegria / pra dar ao meu coração». PEÇA DE COLECÇÂO, QUE JULGAMOS ÚNICA E PORTANTO MUITO VALIOSA. João Alves da Neves, em 1989, no Jornal Estado de S. Paulo publicou um extenso e ilustrado artigo sobre o presente exemplar de prova.
Estimativa
€ 1.500 / € 3.000
Valor de Martelo
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0564
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MEIRELLES, Cecília.INÉDITO DE CECILIA MEIRELLESCANCIONEIRINHO DE MOLÊDO DA PENAJOIA. Desenhos de Cecília Meirelles. Lisboa, 1934.In - 4º peq. de 196 págs. Brochado.Capas em cartolina fina, reforçadas com badanas no verso, feitas manualmente, atadas com belo cordel vermelho laranja e amarelo, e com desenhos e letras a preto e sombreado azul, formando o titulo: « Cecilia Meirelles recolheu este // (singelo desenho retratando jarrinha de flores) // Cancionei//rinho // de Molêdo da Penajoia // » Contracapa com duas flores, atadas por nó de amor. Dedicatória autógrafa inicial: « À poetisa Fernanda de Castro, estas cantigas de Portugal, recolhidas por uma brasileira, 1934». O texto das cantigas é dactilografado. Entrando em Portugal a 11 de Outubro de 1934, e permanecendo algum tempo em Lisboa apesar de não se cruzar com F. Pessoa, Cecília foi depois a Coimbra proferir uma conferência na Universidade e ser homenageada com uma serenata dos estudantes, sob os auspícios de Gaspar Simões e Afonso Duarte. Deve ter sido em seguida que partiu para a terra natal do seu marido, o caricaturista Fernando Correia Dias (amigo de Fernando.Pessoa), Molêdo de Penajoia (o que é desconhecido das biografias), onde fez esta notável recolha de 800 quadras do cancioneiro popular português, que dois anos depois, ao nível musical, receberá outro pesquizador estrangeiro R.Gallup, para o imortalizar. Este cancioneiro está dividido em sete estações, sinalizadas por uma página branca, com um desenho de Cecilia e o título, sendo o 1º , com um sol e uma lua divertidos, 'Cancioneirinho', que é a apresentação feita ao estilo dos cancioneiros, mas em quadras dela própria. São três páginas de supreendente fluidez poética, unindo o antigo e ela própria, de modo único:« Vindimai, vindimadores, / ninguém vindima como eu:/ a fruta, que vai, é vossa,/ o cantar, que fica, é meu./. Segue-se o Moledo da Penajóia (8 págs.), Cantigas (o mais longo com 65 págs.), Loas de Reis (4 págs.), Embalos (1 pág.), Santos (1), e Parlendas (4). Por este exemplar,oferecido a D.Fernanda de Castro, mulher de António Ferro, há mais de oitenta anos, eis que Cecília Meireles ressuscita nos nossos dias, cheia de simplicidade e amor: «Vendo tudo quanto tenho,/ memória e imaginação,/ por cinco reis de alegria / pra dar ao meu coração». PEÇA DE COLECÇÂO, QUE JULGAMOS ÚNICA E PORTANTO MUITO VALIOSA. João Alves da Neves, em 1989, no Jornal Estado de S. Paulo publicou um extenso e ilustrado artigo sobre o presente exemplar de prova.
Estimativa
€ 1.500 / € 3.000
Valor de Martelo
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