sexta-feira, 30 de março de 2007

OH! MELRO, MEU IRMÃO


Quando de manhã estamos sós
Sozinhos a conversar
O melro perto de nós
Passa o tempo a chilrear.

Canta o melro na cerejeira,
A toutinegra no telhado;
Quando estou à sua beira,
Fica o melro alvoraçado.

Há três dias que não via
O melro que desertou
A toutinegra desesperada
P'lo melro que não voltou.

Nosso amor sempre sincero
Seja sempre a toda a hora
Que o cantar do melro espero
Ouvir pela vida fora.

Deu voos largos, com altura,
Volta à terra com tua cor de breu.
Oh! Melrinho de asa escura,
Não sei se mo mataram se morreu.


Fr. José de Jesus Cardoso, OFM

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