terça-feira, 28 de agosto de 2007

SANTO AGOSTINHO

HOJE DIA DE SANTO AGOSTINHO ,reflexão do grande Teolgo da Igreja.

Santo Agostinho, Bispo, Confessor e Doutor da Igreja (+ Hipona, 430)
Nascido na cidade africana de Tagaste, depois de uma juventude viciosa e cheia de desvios doutrinários, converteu-se por influência de Santo Ambrósio, bispo de Milão, e sobretudo graças às orações e lágrimas de sua mãe Santa Mônica. Ordenado sacerdote, foi durante 34 anos bispo de Hipona, no norte da África. Além de pastor dedicado e zeloso, foi intelectual brilhantíssimo, dos maiores gênios já produzidos em dois mil anos de História da Igreja. Escreveu numerosas obras de Filosofia, Teologia e Espiritualidade, que exerceram e ainda exercem enorme influência. Combateu vigorosamente as heresias de seu tempo. De Santo Agostinho, disse o Papa Leão XIII: "É um gênio vigoroso que, dominando todas as ciências humanas e divinas, combateu todos os erros de seu tempo".
Fr. Cardoso, ofm.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

CAPELAS PARTICULARES DE PENAJÓIA

CapelasParticulares: D. Joaquim de Azevedo mencionava no séc. XIX, 22 capelas, algumas das quais estão totalmente destruídas. Mas outras hão, que são de propriedade particular, onde o culto se celebra esporadicamente, em festas de família ou por ocasião de funerais da mesma família. A capela de S. Francisco fica na Quinta do Extremadouro, a de Santa Quitéria em Pousada, a de Nossa Senhora da Lapa na Casa da Curvaceira, a da Senhora da Ara Vera na Quinta de Penim, a da Senhora da Luz no Lenço. Numa casa de Molães fica a da Sagrada Família e outra de Santo António, na Quinta do Pombal. Em ruínas está a de S. João, na Quinta das Adegas e umas outras na zona do Santinho- pertença dos Moura Guedes.



Fr. Cardoso

terça-feira, 21 de agosto de 2007

OS MOINHOS DA PENAJÓIA



DIZEM OS LIVROS E PAPEIS VELHOS
OS MOINHOS DE PENAJÓIA
Não vou falar do aparecimento dos moinhos na Penajóia. Isso era história muito complicada, porque vinte e quatro anos antes de Nosso Senhor vir à Terra, já se escrevia sobre esses engenhos maravilhosos movidos pela água.
Ainda no século passado, possuía a Penajóia para cima de cinquenta moinhos aproveitando as suas muitas águas. Preparavam eles o cereal para o pão que bastava as suas gentes. Em anos de seca, chegavam até para ajudar a cidade de Lamego que não conseguia moer a farinha que carecia.
Humildes regatos do monte do Poio, virados ao Douro, fazem já em Mesquitela, o rio Cabril quedai para baixo, muitas vezes loucamente, se atira para os lados do Moledo. Pois era nesta pujante correria que estas rodas de moinhos de cereais, sem entontecer, giravam para oferecer a farinha que alimentava a Penajóia.
Perdia-se na memória dos homens o início do direito àquelas águas pelas gentes desta freguesia. Eram suas, e por isso dormiam descansados.
Ora, ai por 1855, os vizinhos de Barrô, numa noite - há coisas que só se fazem pela calada da noite – foram até à serra , abriram um açude, instalaram uma roda de moinho, apressadamente construíram e foram eles os moleiros para as suas gentes. Numa noite, ficáramos da Penajóia quase sem água!
Vieram as novas máquinas, veio o que se chamam “progresso”. Morreram os moinhos. Restam aqui e além velhas lembranças de um passado em que o homem vivia na sua terra, da sua terra, para a sua terra e..., já nesse tempo lhe “pregavam partidas”. Mas, menos do que hoje... (Era só pela calada da noite).
Lamego Julho de 1979.
F.J.C.Laranjo

OS MUSICOS DE PENAJÓIA



(Dizem os livros e os papeis velhos)
Aí por volta de 1836, vivia na Penajóia um mestre régio que ensinava latim. Muitos rapazes desta populosa freguesia, que não andava longe dos 900 fogos, ali estudavam, e vinham a Lamego pedir ao bispo D. Frei José da Assunção que os ordenasse.
Não foram poucos os padres naturais da Penajóia.
Pois, nessa altura, resolveram alguns estudantes organizar uma filarmónica. Muitos aplausos, muita animação, e vá de andar em festas e folias. De tal modo se esqueceram os livros, que só para a «pândega» passaram a viver.
Como uma desgraça nunca vem só, e a «vida airada» acaba em asneira, à falta de dinheiro para manter tal viver, deram em constituir uma quadrilha de salteadores, que até à igreja da sua freguesia roubaram...
Mas, quem suponha que, «tão bem apresentados» e alguns de «boas famílias», eram os malfeitores, já com mortos por sua conta? E o pânico na região durou uma temporada...
Não há mal que sempre dure e, um dia, descobriu-se a quadrilha. Quase todos foram presos. Escaparam três, um do qual morreu ainda não há cem anos e, o cronista, tocava clarinete, foi vereador, procurador à Junta Geral e... Comendador.
Ficaram célebres, como terror do concelho de Lamego, os «os músicos da Penajóia», mas morreram uns nas cadeias, outros no degredo em África.
Vejam os meus bons amigos, a sorte que têm: estão livres de arranjar uma banda com estudantes de latim, que já os não há...


(Ecos de Penajóia – Maio de 1979) F. J.C. Laranjo.

UM NAUFRÁGIO DA BARCA DO MOLEDO

DIZEM OS LIVROS E P APEIS VELHOS

Há precisamente duzentos e sete anos, completados no primeiro dia deste mês de Fevereiro, viveu afreguesia da Penajóia horas de angústia como havia muito não sucedia.
A barca do Moledo naufragara. Constava que ia cheia e que, pelas águas furiosas do Douro, muitas pessoas tinham sido levadas. Quem viajava, não se sabia ao certo. Dizia-se que um dos mortos era o pobre Manoel, do Moledo, e o outro, também pobre, Manoel Vaz(o novo), da Portela, ambos desta freguesia. Dos mais ignorava-se quem eram.
Só em 12 de Março apareceu o primeiro afogado, um moleiro de Mesão-Frio , reconhecido por ser aleijado de um braço. Cinco dias depois, nova vitima da tragédia foi também a sepultar noadro da igreja do SSmo. Salvador. Era igualmente de Mesão-Ffrio, e foi a viúva quem o identificou, quando o tiraram do rio. No dia seguinte, outro homem; não se soube onde vivera. ..
Já haviam decorridos dois meses e meio sobre aquele dia negro de Fevereiro, quando os sinos dobraram pelo pobre Manoel do Moledo, pois que só a catorze de Abril foi encontrado.
Mais tarde, em Maio, foi sepultado outro homem dos afogados no naufrágio, mas já ninguém o reconheceu...
Ao pisarmos o chão santo que é o da velha igreja paroquial da Penajóia, deixemos as pétalas de uma prece para que o Senhor tenha em Sua Santa guarda aquelas almas, que deixaram o mundo, quando talvez tivessem a esperança de muita vida nesta terra...
Lamego, Fevereiro de 1980
F.J. C. Laranjo (Ecos de Penajoia)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

FESTA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Hoje dia da Festa da Assunção de Nossa Senhora
A festa da Assunção de Nossa Senhora é uma das mais antigas da Igreja. No ano de 600 já a Igreja Católica festejava este dia de glória de Maria Santíssima. A festividade de hoje lembra como a Mãe de Jesus Cristo recebeu a recompensa de suas obras, dos seus sofrimentos, penitências e virtudes. Não só a alma, também o corpo da Virgem Santíssima fez entrada solene no céu. Ela, que durante a vida terrestre desempenhou um papel todo singular, entre as criaturas humanas, com o dia da gloriosa Assunção começou a ocupar um lugar no céu que a distingue de todos os habitantes da celeste Sião
Só Deus pode dar uma recompensa justa; só Ele pode remunerar com glória eterna serviços prestados aqui na terra; só Ele pode tirar toda a dor, enxugar todas as lágrimas e encher nossa alma de alegria indizível e dar-nos uma felicidade completa. Que recompensa o Pai Eterno não teria dado àquela que por ele mesmo tinha sido eleita, para ser a Mãe do Senhor. Se é impossível descrever as magnificências do céu, impossível é fazermos ideia adequada da glória que Maria Santíssima possui, desde o dia da Assunção. Se dos bem-aventurados do céu o último goza de uma felicidade infinitamente maior que a do homem mais feliz no mundo, quanta não deve ser a ventura daquela que, entre todos os eleitos, ocupa o primeiro lugar; aquela que pela Igreja Católica é saudada: Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, Rainha dos Profetas, Rainha dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, Rainha de todos os Santos!
Fr. Cardoso,ofm.

domingo, 12 de agosto de 2007

SANTA CLARA DE ASSIS

Clara tinha a convicção de que partiu de Deus a vocação dela e de suas irmãs. Mas sabia que Deus espera a colaboração e o talento restituído multiplicado. Como fundadora, transmite plena confiança e esperança no futuro da vivência do ideal, pensando nas irmãs que Deus iria chamar para a mesma vocação. Percebeu com nitidez que o dom da vocação é extensivo àquelas irmãs que Deus iria chamar no futuro, e que desejariam manter a intuição original com todo o rigor e potencial espiritual. Neste sentido, Clara e sua Ordem são comparadas, a uma árvore frondosa, uma vinha fértil, um campo cultivado, uma construção, uma fortaleza; símbolos como o do cultivo e da construção mostram como o novo carisma é trabalho de Deus.
Recebia cada irmã como um dom de Deus. Refere-se a elas dizendo: "as irmãs que o Senhor me dera". A maneira pedagógica com que eram recebidas as candidatas na vida monacal da época se caracterizava por certa dureza e provações. Clara determina que, "se alguém, por inspiração divina, vier ter conosco querendo abraçar esta vida" deve haver consentimento das irmãs e que seja exposto à jovem diligentemente o teor da vida que irá assumir. Recomenda verificar a firmeza na fé católica e a idoneidade. Por fim, a candidata deve ter uma atitude evangélica: despojar-se dos bens e procurar dá-los aos pobres; se não puder fazer isso, basta que tenha boa vontade.
Certa ocasião, Francisco enviou a Clara "cinco mulheres, para que fossem recebidas no mosteiro". Clara percebeu que uma não era idônea. Era mestra na tarefa de intuir o chamado de Deus e de atrair as jovens. Várias irmãs afirmaram ter deixado tudo persuadidas por Clara, depois de terem conversado com ela em São Damião. Formava as irmãs "com tal pedagogia e com tão delicado amor que não há palavras para dizê-lo".
Além disso, Clara destaca a fidelidade à Igreja, no seio da qual desabrocha a sua vocação e a das irmãs. Sua percepção era de que recebia diariamente a vocação como um dom, como uma graça dada em um momento novo da vida da Igreja. A graça ou inspiração divina é concedida para o bem da Igreja, e assim, recomenda manter submissão e fidelidade a esta santa mãe. Esse aspecto se apresenta a um exame detalhado dos escritos de Clara: percebe-se que ela teve a intuição de que o seu carisma e vocação estavam de certa forma exposto ao perigo e, para preservá-lo, era necessário vigilância, disciplina, oração, conselho e fidelidade à Igreja. A própria natureza da vocação é eclesial. A promoção de sua vitalidade é resposta ao chamado de ser uma forma de vida evangélica, e torna-se concreta na profissão pública na Igreja. A Igreja aprovou a Forma de Vida de Clara, depois de uma longa experiência de quarenta anos (1211-1251). As estruturas humanas da comunidade puderam garantir a extensão do carisma através do tempo e do espaço geográfico. A vocação da santidade de muitas de suas seguidoras na Igreja
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Fr. Cardoso,ofm.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

Desde o século V da era cristã, esta festa é celebrada pela igreja. Historicamente, a transfiguração aconteceu mais ou menos na metade do caminho de formação dos discípulos.
No momento da transfiguração, Jesus manifesta a sua condição gloriosa aos discípulos, mas logo em seguida ensina-os que para aceder a esta condição em que Ele se encontrava já antes de assumir nossa humanidade, seria necessário passar pela sua paixão, morte e ressurreição. Provavelmente Jesus quis este momento de formação para os seus, porque conhecia bem suas fragilidades e sabia que eles poderiam não suportar a prova da cruz. Pensando nisto e desejando a firmeza de fé daqueles que deveriam continuar sua obra, Jesus dá-lhes a conhecer sua condição gloriosa, mostrando-lhes assim que a cruz e a morte são necessárias para o pleno cumprimento do plano Salvífico do Pai, mas que também não são um fim em si, pois a última palavra do Pai é a vida, a ressurreição. O caminho doloroso e humilhante da cruz é necessário, mas também é somente passagem para a glória.
A intenção da igreja é a mesma de Jesus. Ela sabe que sues filhos são frágeis e que também correm o risco de sucumbir diante da cruz e do sofrimentos da vida. A esperança da igreja é que contemplando a condição gloriosa do Senhor em nossa celebração, encontremos coragem para permanecermos firmes na fé .
O profeta Daniel, servindo-se de uma linguagem apocalíptica, descreve o plano que o Pai haveria de realizar na pessoa do Filho. Retornando para o seio do Pai, de onde Ele havia saído para assumir nossa humanidade.
São Pedro dá testemunho sobre a transfiguração que ele assistiu. Afirma que tudo aquilo que Deus havia anunciado pela boca dos profetas a respeito de Jesus e sua condição gloriosa, ele e os demais discípulos tiveram a graça de contemplar com seus próprios olhos.
Foi durante este momento forte de oração, comunhão como Pai, que Jesus transfigurou-se e os discípulos puderam contemplar a sua glória.

Fr.Jose Jesus Cardoso,OFM.


 
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