quarta-feira, 11 de julho de 2007

SERVIR COM AMOR

Servir sem Possuir é a base para toda boa atitude de serviço . Não se pode servir verdadeiramente sem amar. O amor é o sentimento-fonte de todo comportamento que leva em consideração o bem e a paz de si e do próximo. A qualidade própria de todo serviço deve ser a humildade. Não se pode servir bem sem uma sincera humildade, que consiste em colocar-se em atitude de menor diante da pessoa que consideramos alvo do nosso serviço....A humildade alimenta em nós um coração de pobre, desapegado da tentação de fazer-nos proprietários da pessoa a quem servimos e do serviço que nos dispomos a prestar.Servir sem possuir, portanto, é a tarefa de cada dia na vida de quem busca amar desinteressadamente. Mesmo porque não somos donos de nada nem de ninguém. Não somos donos do serviço ao qual nos dedicamos nem das pessoas a quem servimos. Não somos donos nem de nós mesmos.Porém, não é fácil servir sem o desejo de nos fazer possuidores do bem que fazemos aos outros ou das vantagens que isto nos possa trazer ou da “fama” e dos elogios que isto nos possa proporcionar...Depois que ficamos durante um longo tempo exercendo uma determinada função ou serviço, podemos com facilidade cair na tentação de nos fazer proprietários desta função ou serviço, e decretando como este serviço deva ser feito ou considerado pelos outros, caso a gente não possa realizá-lo em algum momento. Não possa realizá-lo em algum momento porque não permitimos que este serviço ou esta função nos seja tirada. São Francisco chamava a atenção de seus frades para que não se tornassem possuidores do bem que Deus diz e opera neles e através deles. Pelo simples fato de que esta não é uma atitude adequada a quem se consagra a Deus, isto é, quem se faz pobre, totalmente entregue a Deus. O pobre, evangelicamente falando, nada tem, nada possui, de nada se apropria. Tudo é de Deus, a Ele somente convém todo louvor e toda acção de graças.Esta é a atitude básica também para a vida em fraternidade. O Senhor Deus nos dá irmãos e irmãs. Não os escolhemos nem somos escolhidos por eles. A eles somos chamados a expressar o nosso amor servindo. Neles somos chamados a servir a Deus mesmo. Amando e servindo a eles, amamos e servimos o próprio Deus.Só tendo esta óptica da fé, é que poderemos melhorar a qualidade do nosso serviço na vida em comunidade, na vida fraterna. A “qualidade total” no nosso serviço passa por aí: servindo os nossos irmãos, filhos e filhas de Deus, estamos servindo a Deus mesmo, que os colocou em nossa vida e em nosso caminho. A Deus, portanto, o melhor de nós.Iluminados pela fé, que é dom de Deus, podemos estar continuamente avaliando -nos sobre a qualidade do nosso serviço e a menoridade com que o realizamos. Jesus é nosso maior modelo , que veio para servir e não para ser servido. Maria é nossa mãe amorosa que nos ensina que só se pode amar bem servindo, em silêncio, sem alarde, na humildade que só o verdadeiro amor sabe expressar. São Francisco é nosso irmão menor que busca servir como pobre, não se faz dono do bem que faz nem do amor que o move..

Fr. Jose Jesus Cardoso,OFM.

terça-feira, 10 de julho de 2007



CESTOS DA VINDIMA

Os cestos de vindima eram feitos em madeira de castanho. Muito típicos da região do Douro.
Estes cestos foram usados durante décadas para o transporte das uvas, das encostas em socalcos, em terrenos acidentados e íngremes dificuldades entrepostas pela natureza aos vindimadores.
Com o progresso de novos métodos de trabalho levaram a que os cestos vindimos em madeira fossem substituídos pelos de plástico. Apesar de serem considerados importantes na sua conservação da qualidade das uvas, para a produção dum bom vinho, os cestos vindimos foram quase transformados em peças de museu.
Já agora, fique a saber que um vime para os cestos demora cerca de duas horas a fazer. A madeira é tratada e trabalhada duma maneira muito própria. Após ter sido cortada, tem de ser rachada e posta a secar. Depois, conforme vai sendo precisa, é mergulhada em água para humedecer e poder ser manobrada sem quebrar.
Actualmente, existem todos os tamanhos, podendo, por isso, sendo uma bonita recordação que o turista pode levar consigo, um testemunho da força e do espírito do sacrifício que a caracteriza.

Fr. Jose J. C. ofm.


sábado, 7 de julho de 2007

BAPTIZADO DO FRANCISCO JOSE

Recebeu o sacramento do Baptismo: FRANCISCO JOSE DE ANDRADE MAGALHÃES. Os meus pais, Sónia Andrade e Francisco de Assis Magalhães, quizerem que eu passe a pertencer à Igreja de Jesus . O meu Baptizado, foi realizado na Igreja Paroquial de Casal de S. Brás (Amadora) no dia 07 de Julho de 2007 às 11 horas. Os meus padrinhos foram: Carlos Manuel Saavedra Magalhães e Ana Carla Gomes Corredeira, após a cerimónia do Baptizado, familiares e convidados foram todos confraternizar num lauto almoço em casa dos meus pais. Presentes estiveram os meus avós maternos e paternos vindos do Norte para estarem comigo nesta festazinha, muito participada e com muita alegria. Porque ser cristão é ser chamado a realizar a vocação mais profunda do homem: filho de Deus, neste mundo e para a eternidade. É a porta da vida e do reino, é o primeiro sacramento da Nova Lei que Cristo confiou à Igreja quando disse aos apóstolos: "Ide e ensinai todos os povos, baptizando-os..." (Mt. 28, 19).
O Baptismo é o sacramento pelo qual os indivíduos se tornam membros do Corpo de Cristo que é a Igreja.
É o banho da regeneração dos filhos de Deus, que liberta de toda a culpa;
É o sacramento da fé, da adesão incondicional à pessoa de Cristo;
É o sacramento do testemunho que compromete no anúncio do Evangelho pela vida e pela palavra oportuna;
É o sacramento da comunidade de fé, de esperança e de serviço.

Ao novo cristão, pais e demais famíliares e amigos o Frei Cardoso deseja uma vida plena de felicidades e muita Paz e Bem.


Fr. José de Jesus cardoso.


quinta-feira, 5 de julho de 2007

FALANDO COM DEUS


Acalma os meus passos Senhor, desacelera meu coração, acalma minha mente. Diminui meu ritmo apressado de uma visão da eternidade do tempo. No meio das confusões do dia a dia, dá-me a tranquilidade das montanhas. Retira de mim a tensão dos meus músculos e nervos. Dá-me a tranquilidade das águas dos rios a correrem, como música tranquilizante e suave, que vivem em minhas lembranças. Ajuda-me a conhecer o poder alegre e reparador de paz e bem. Ensina-me a arte de contemplar a natureza e a Criação. Acalma os meus passos Senhor, para que eu possa perceber o constante labor cotidiano dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou desalentos, a Tua presença constante no meu coração . Acalma meu coração, Senhor, para que eu possa entoar o cântico da esperança, sorrir para o meu próximo e calar-me para ouvir a Tua voz. Obrigado Senhor, pelo dia de hoje, pela família que me deste, meu trabalhos e sobretudo pela Tua presença em minha vida.
Fr. José Jesus Cardoso, OFM.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

BOIS QUE TRANSPORTAVAM AS PIPAS

Antes de existir a Adega Cooperativa de Penajóia, o vinho destas terras, era transportado por estas lindas criaturas,(bois) que deixaram de se ver por esta paragens.
Hoje, è feito o seu transporte em camiões.
Penajóia está dotada de uma Adega Cooperativa para a transformação das uvas em vinho generoso e de pasto. Situada junto da estrada, na zona da Mó, está dotada de meios adquados e modernizados à elaboração do vinho. O seu comércio é feito em garrafas e garrafões. O Vinho do Porto é vendido às casas especializadas e não é engarrafado por conta da Adega, que por isso não tem marcas de Vinho do Porto. Fundada em 1962, tem 933 associados, mesmo que alguns nem sempre tenham entregue a sua produção na Adega. Apesar de tudo a média de laboração anda pelas 2000 pipas anuais, sendo 1100 de vinho generoso e 900 de vinho de pasto. Comercializa o vinho generoso a granel, mas o vinho de mesa sai engarrafado. Também tem VQPRD, quer dizer Vinho de Qualidade Produzido em Região Demarcada, que se vende engarrafado. A linha de engarrafamento tem a capacidade de 3000 garrafas por hora, com a colocação de selo, rótulo, contra rótulo e cápsula. Além do vinho, tem Aguardente Bagaceira Velha de 1983. A sua capacidade de armazenamento é de 7000 pipas. Comercializa vinhos com marcas de prestígio já reconhecidas no mercado nacional e estrangeiro.

Fr. Jose de Jesus Cardoso,OFM.


terça-feira, 3 de julho de 2007

A GRAÇA DE COMPREENDER

Compreender alguém, alguma coisa, é ser, no momento, esse mesmo que se compreende. É viver e pensar o outro de tal forma que fique a existir dentro de nós. E passamos a sentir o que ele pensa sente, a passar o que ele passa, a ser o que ele é.
A compreensão é a descoberta do outro em nós. É a experiência de uma igualdade.
Nunca como hoje, se falou tanto em diálogo, em encontro. Compreender é, nos dias de hoje, a grande preocupação da vida. Pode, à primeira vista, parecer tarefa fácil , mas não é. Exige renúncia, desprendimento, sacrifício.
A pessoa humana exige essa renúncia. E merece-a.
Como é possível amar sem compreender?
E como se pode compreender, se não nos debruçamos conscientemente sobre o outro?
Há uma compreensão instintiva, natural. A que se tem, por exemplo, ao olhar demoradamente uma flor, ou uma chama de uma vela, descobrir que há qualquer coisa dentro de nós que se irmana, que é da mesma natureza. Não sabemos bem o que é, mas temos a certeza de que há em nós um convite interior, como a própria flor a pedir que sejamos flor, a chama a pedir que sejamos chama...
Subimos ao cume nevado de uma montanha. Ao colocarmos os pés sobre a neve, há em nós um sentimento de receio, uma espécie de remorso por irmos marcar de pegadas negras a brancura daquele manto. Como se, por um momento, deixasse-mos de ser quem somos e pudéssemos ser neve, sentir a dor daquela profanação... Quando esse sentimento nos deixa e marcamos os pés na neve, colhemos a flor ou apagamos a chama, outra dor substitui a primeira. É a dor do retorno. Nesse momento, deixamos de ser flor, para voltarmos a ser nós mesmos. E há uma espécie de saudade, uma pena de não sermos fiéis ao convite, de termos desprezado alguém que nos reclama.
O mesmo se passa com os homens.
Olhamos outra pessoa. Podemos até não falar com ela. E de repente, um simples gesto, um olhar, acorda em nós um apelo à união ou um movimento de repulsa. E neste momento, tudo começa ou tudo se desfaz. A dor de ser desprezado é grande. A de desprezar acaba por ser maior. Sobretudo se o desprezo envolve separação voluntária. Não confundamos com a solidão que se vota um sábio ou um santo, que a dinâmica do primeiro, silêncio fecundo para a descoberta cientifica, e pode ser extática no segundo, força invisível de atracção e deslumbramento pela Suprema Harmonia. Refiro-me à separação orgulhosa, indiferente ou farisaica, de quem egoisticamente se fecha para não se encontrar com o seu irmão.
Em vão procura ser feliz. A suprema felicidade é o amor e este é difuso de si mesmo. Expande-se naturalmente, comunica-se, alastra. A maior dificuldade da compreensão está no não encontramos qualquer afinidade entre o eu e o tu que se nos depara.
É que alegrar-se alguém com a alegria alheia é bem mais difícil que chorar com quem chora...

Fr. José de Jesus Cardoso, OFM.

domingo, 1 de julho de 2007

VOTOS RELIGIOSOS

Votos religiosos e conselhos evangélicos
Os Conselhos Evangélicos da Vida de Cristo seguidos pelos consagrados mediante os votos religiosos professados em institutos religiosos (comummente chamados apenas de Votos) são aspectos da Vida de Cristo pelos quais os religiosos vivem a restrita uniformização com Cristo sendo novos Cristos para a Igreja. Através destes Votos os religiosos seguem as constituições destes devidos institutos vivendo segundo o carisma do mesmo os conselhos evangélicos mais comuns. Os mais comuns votos professados são os de Pobreza (seguindo Cristo que sendo Rico se fez pobre por amor aos homens - por meio deste voto eles não podem mais ter bem para si, renunciam ao que já tinham, dispensam tudo o que venham a ter como posse e tudo o que por força de trabalho precisarem ter é apenas propriedade do instituto), Castidade (Tendo um coração indiviso para Deus - é este voto que lhes faz seguir a continência) e a Obediência pela qual os superiores dos institutos fazem as vezes de Deus para estes (Assim todo aquele que for superior do instituto ou de alguma parte do mesmo passa automaticamente a lhes ter autoridade). Os conselhos evangélicos têm sua origem divina, mais exactamente, cristológica. Estão fundamentados nas palavras e exemplos do Senhor. Tem sua origem divina na doutrina e nos exemplos de Jesus, isto quer dizer, que se fundam em sua vida, em toda sua vida. A vida e a doutrina de Jesus estão na base de toda forma de vida cristã, e de maneira especial, na base da vida consagrada. Eles não são obrigados aos cristãos todos, muito menos lhes é prerrogativa de vida mais ou menos santa, apenas são obrigados àqueles que livremente optarem por seguir. Quando se fala na vida de Jesus, não se refere aos seus aspectos, mas às suas dimensões.
JJC,OFM.

 
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