sábado, 31 de maio de 2008

AOS MEUS PAIS


“HOMENAGEM PÓSTUMA”
AOS MEUS PAIS



A vida, é uma constante caminhada
Onde nunca, se alcança a perfeição
Por mais perfeitos, que queiramos ser
Curta ou longa, a vida, é desejada
E enquanto, for batendo o coração
Teremos uma vida por viver

É bom, quando se vive em humildade
É bom, quando se vive em doação
Uma vida de paz, calma e serena
Para que um dia, então, na Eternidade
Possamos, sentir a consolação
De que, viver assim, valeu a pena

Por estas vidas dedicadas
Com zelo e amor, aos seus filhos
Nós, reconhecemos seu valor
Estando sempre prontos, p’ra chamada
Pois além, de um grande coração
Em tudo quanto fazias, foi com amor.

A minha gratidão pela vossa amizade, pelo vosso testemunho de simplicidade, de alegria e de paz, que a todos transmitiam e que ficarão para sempre guardados, nos nossos corações. Bem-haja.
Os filhos: Manuel, António Carlos, Zé, Maria e Ana Maria.
Fr. José de Jesus Cardoso

segunda-feira, 26 de maio de 2008

AMIGOS DE FRANCISCO



Os Companheiros de São Francisco
Francisco iniciou a sua missão espiritual, sozinho, explorando o seu Eu interno, e buscando as respostas para aquele sentimento que lhe vinha do fundo da alma. Criou uma rotina que consistia nos trabalhos de reconstrução de S. Damião (e mais tarde, Porciúncula e S. Pedro) na visita à leprosaria para cuidar carinhosamente dos seus leprosos, o peditório de comida para seu sustento à porta das casas de Assis e ainda horas de retiro nas grutas do Monte Subásio para oração e meditação.
Mas Deus tinha algo de grandioso para lhe confiar e, para isso Francisco necessitava de ajuda. A sua vida espiritual não se podia resumir a abraçar a humildade, a longas horas de comunhão com Deus e à prática da caridade. Devia sair pelo mundo anunciando a sua alegria e a sua mensagem de Amor e Humildade. O primeiro a dirigir-se a Francisco com o intuito de o seguir foi Bernardo, mas logo outros o seguiram. Francisco nunca procurou angariar seguidores. Antes, eram estes que em observação do seu exemplo e dos seus discursos na igreja de S. Rufino ou em qualquer praça pública sentiam o impulso e decidiam abandonar a sua vida material e entregar-se à vida de rigorosa humildade e espiritualidade defendida por Francisco de Assis.
Milhares o fizeram. Alguns não aguentaram a dureza da prova - traduzida em sacrifício físico, fome, cansaço, frio e humilhação pública - e acabaram por desistir. Mas muitos mais foram os que seguiram Francisco até ao final dos seus dias e perpetuaram a sua herança espiritual até aos dias de hoje.
Quando o grupo chegou a 12 irmãos, São Francisco decidiu ir até Roma e pedir ao Papa autorização para viverem a forma mais pura do Evangelho, conforme o desejo e a escolha que fizeram. O Papa achou que seria muito duro para ele esse modo de vida, porém deu permissão e também autorizou que eles pudessem pregar. Durante esse período de visita, o Papa teve um sinal profético e reconheceu em Francisco, o homem que em seu sonho segurava a Igreja como uma coluna. Muitos outros Irmãos foram se juntando ao grupo, desejando viver conforme Francisco. Os frades fizeram suas habitações em choupanas ao redor da Igrejinha da Porciúncula. Dividiam as actividades entre oração, ajuda aos pobres, cuidados aos leprosos, e pregações nas cidades, também se dedicavam às actividades missionárias, indo 2 a 2 até lugares distantes; eram alegres, pacíficos e amigos dos pobres.Uma grande preciosidade para Francisco e a Ordem dos Frades Menores veio de uma jovem, de família nobre de Assis, chamada
Clara. Ela procurou Francisco pedindo para viver o mesmo modo de vida, segundo o Evangelho. Elaajustou o modo de vida dos Frades, para mulheres e recebeu, por sua vez, muitas companheiras de conversão.
Muitos Cristãos ouvindo Francisco de Assis, decidiram seguir o seu exemplo e ensinamento, alguns pediam conselhos, e Francisco dava orientações conforme o estado de vida de cada um.
o.f.m.

PENAJÓIA - MOLEDO

PENAJÓIA – MOLEDO
O Lugar do Moledo, é célebre pela sua antiguidade. Fica no fundo da Serra do Vilar e sobre a margem esquerda do Douro. Por ela passava a antiga estrada que seguia para Lamego por Santiago e para Mesão-Frio, na outra margem do rio.
A Rainha D. Mafalda, esposa de D. Afonso Henriques, mando erguer no lugar do Moledo uma capela, uma Albergaria ou Hospital com botica, tudo gratuito, para pobres e ricos. Havia uma barca de passagem, chamada do Moledo ou de “por Deus”, por ser também gratuita para todos.
Nos princípios do século XIX, ainda a Barca, a Albergaria e a Capela do Moledo tinham um Juiz, que era eleito e nomeado pelo Senado de Lamego. A barca já não era “Por Deus”, mas “ por dinheiro” e ficou assim, a pertencer à Câmara de Lamego a administração das barcas do Moledo, Carvalho e Bagaúste, por Portaria do Ministério do Reino, em 1843. A partir daqui se estabeleceram regulamentos. As barcas não podiam ter menos de setenta palmos de “de ôca de ré à ôca d’avante”, e a tripulação, em “rio alto”não teria menos de seis homens e em “rio baixo”3. O barqueiro era obrigado a passar os utentes desde o romper do dia até ao fechar da noite; e aos militares em serviço e aos correios, a toda a hora. Fixou-se, nessa altura, uma tabela de preços das passagens: por pessoa dez réis; por cavalgadura carregada ou descarregadas vinte réis, por carro de bois e carga, ou sem ela cem réis.
Por cinquenta centavos ainda eu passei na barca do Moledo e, como eu, muita gente que ainda vive. E quanto eu gostaria de ver os Barcos Rebelos, com as grandes velas cheias de vento e homens em ceroulas no alto da caranguejola, subindo as águas do Douro! Estes barcos que foram impedidos pelas barragens.
O Hospital ou Albergaria é de propriedade particular. A Capela é pública e melhor que algumas Igrejas. No seu frete, tem as armas dos Reis de Portugal, como protesto permanente contra quem acabou com tão santa instituição – no dizer de Pedro Augusto Ferreira, nosso conterrâneo do século passado, de que tanto se falou aqui. Tem este lugar algumas casa de beleza arquitectónica em ruínas que foram pertença do Dr. João Cardoso Ferraz de Miranda, oficial distinto da Secretaria dos Negócios do Reino.
Neste lugar nasceu Frei José de Penajóia, Franciscano, ex-leitor de Teologia e que foi Provincial dos Franciscanos na Província da Soledade entre 1783 a 1786, embora pouco se saiba acerca desta figura da Ordem Franciscana.
Existiu nesta povoação a família dos Camellos, tristemente célebre pelos excessos de toda a ordem que praticavam, ferindo, matando e roubando. O último dos irmãos, João Camello, não era assaltante, mas não era melhor que os outros irmãos. Deu muita pancada, tiros e facadas, quase sempre por motivos insignificantes ou agravos imaginários.
Esta aldeia, rica de tradições, é muito conhecida pela barca; rio e paisagem entram na nossa alma, não como paisagem, mas como sentimento.
As casas velhas têm os degraus de pedra voltados para o rio, onde vinham apanhar os peixes presos pelas guelras. A vida do Moledo è feita de pequenos nadas, mas a todos encanta com o ar que lá se respira.

Frei Jose Jesus Cardoso, OFM.



domingo, 25 de maio de 2008

POUSADA - PENAJÓIA



POUSADA - LUGAR DE PENAJOIA

Pousada é uma bonita povoação, bem situada, na encosta da margem esquerda do Rio Douro e muito próxima da estrada Lamego-Resende.
É pequena e pouco ou nada se sabe das suas origens. As casas são de traço tradicional, sobressaindo a casa da Família Montenegro, conhecida por casa de pousada.
Ali se conserva ainda a que foi pertença do Comendador Francisco de Magalhães da Fonseca, pertença também da Família Montenegro.
Em tempos não muito recuados, houve neste local uma pequena central eléctrica, que distribuía a energia ao lugar e outros vizinhos.
Recordo que, no meu tempo de rapaz, existiu neste lugar um senhor, já falecido, que tinha um grande rebanho de cabras, de cujo leite se fazia o célebre queijinho da terra. Era homem forte, rijo como a montanha, com um bigode soberbo.
Havia e há ainda, nesta povoação, um lagar de azeite.
Pousada é um lugar pitoresco, um pequeno cantinho no conjunto da Penajóia.
Difícil de definir, Chamam alguns Pousada a casa à beira da estrada, outros ao conjunto de 4 ou 5 mais abaixo.
À sua volta ficam a Cruz, Pinheiro, Corujais, Palheiros. Poça d’Alva mais perto da estrada, a Mó, do outro lado e mais perto da Adega. Um conjunto de pequenos lugares, que se dividem religiosamente por Molães e S. Geão, com a Escola de S. Geão, um estabelecimento na estrada onde se abastecem, indo alguns a S.Geão e outros a Molães, conforme os gostos e amizades.
Ali se situa a Casa do Barão, célebre desde há muitos anos, pois um dos seus membros foi dos primeiros industriais de camionagem, com carreiras para Lamego. Hoje mora ali um industrial de Terraplanagens, Integrado pelo casamento na família Barão.

Fr. José de Jesus Cardoso, ofm.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Fátima: altar do mundo

domingo, 11 de maio de 2008

CORUJAIS - PENAJÓIA



CONHEÇA PENAJÓIA

Corujais é uma povoação pequena, mas muito bonita e fertilíssima.
Fica na encosta da margem esquerda do Douro, como toda a Penajóia, e ao lado poente da povoação dos Palheiros.
Está rodeada de vinhas, árvores de fruto e pequenos campos de cultivo.
As casas são de construção robusta e popular, condizendo com a paisagem.
Os principais meios de comunicação são caminhos largos, empedrados, mas tem outros carreiros de terra batida. Não tem qualquer comércio e as pessoas vivem da vinha e da fruticultura.
Os campos são trabalhados pelo pulso do homem, com a enxada, o ferro e a pá, se for preciso.
Aqui, como noutros lugares da freguesia, verifica-se a falta de saneamento básico; água canalizada é de conta dos proprietários, os telefones são particulares e a electricidade existe por ali.
Daqui se avista uma linda paisagem, vendo-se ao fundo, o parque das Caldas do Moledo.
A bordejar os terrenos deste povo há muitas cerejeiras, que na Primavera nos dão a imagem de um jardim e a esperança das boas cerejas da Penajóia. Os residentes vivem alegres, na sua convivência com a natureza.
Qual o futuro de Corujais?
Se lhes derem condições de vida, com uma estrada e outras infra-estruturas necessárias, pode aguentar-se, caso contrário, Corujais e outros povos de Penajóia serão a médio ou longo prazo povos para desaparecer.
Frei Jose Jesus cardoso, OFM.

 
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