segunda-feira, 30 de abril de 2007

JESUS - SEMPRE ACTUAL

Com frequência na mais conceituada Impressa do mundo se têm publicado artigos sobre JESUS . Nessas reportagens percebe-se que realmente não se quer crer nEle. O que se vê são críticas e dúvidas sobre a pessoa de Jesus. Sua vida é esmiuçada e Ele é considerado um mito. Mas, de qualquer forma, não é possível ignorar a Jesus Cristo. Apesar de todas as criticas as pessoas sentem-se atraídas por Ele, mais do que por qualquer outra figura histórica . Jesus está sempre no "ranking" de pessoa mais simpática . Ele está em primeiro lugar à frente de qualquer líder religioso que já tenha havido.
Porque será que, por um lado, não se quer crer em Jesus Cristo, mas por outro lado mesmo assim, continuam a simpatizar com Ele? Porque Ele é realmente Filho de Deus.
Jesus é muito mais do que se pode ler a seu respeito em livros e revistas. As pessoas não deviam escutar esse tipo de impressa e certos jornalistas, que em seus artigos apenas exprimem sua incredulidade pessoal, mas deveriam elas mesmas ler a BÍBLIA e procurar a verdade: Deus revela-se a todos os que O procuram com sinceridade. "Procurai-me e me encontrareis quando o fizerdes com o coração".(Is 29.13). Como exemplo ; temos S. Paulo, S. Francisco de Assis e muitos outros santos.

Fr. José de Jesus Cardoso, OFM.

domingo, 29 de abril de 2007

QUANDO A ALEGRIA VENCE O MEDO




O medo da solidão é um triste líder .
A solidão está na frente da claustrofobia.
O medo é a doença dos nossos dias . Ele assumiu grandes proporções na sociedade e nas pessoas. Quando se não procura Deus, é o que acontece. Depois enchesse-se os consultórios dos psicólogos e psiquiatras. Alguns dos medicamentos mais usados são os psicofarmacos, tomados contra os medos a inquietação e a insónia.
O medo foi vencido através de Jesus Cristo na Sua vinda ao mundo. Ele trouxe alegria procedente de Deus. Ninguém precisa mais de estar só. Sim através da Sua vinda, Jesus transformou o medo em alegria. Alegria que está disponível para todos.
Deus é fonte de alegria. Quem não conhece Deus, não imagina quanta alegria deixa de ter.
Um neurologista escreveu um livro intitulado: «DEIXA TEUS NERVOS NA MÃO DE DEUS». Jesus conhece o teu medo , Ele mesmo o venceu no Getsêmani e na Cruz do Calvário.
O que falta a muitas pessoas é a fé para irem confiantes a Jesus. Por isso, o Senhor diz: «Até agora nada pedis-te em meu nome; pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa». (Jo 16.24).
Os homens pensaram acabar com a obra de Deus, matando Jesus – mas Ele ressuscitou como vencedor e hoje vive no meio de nós. Aceita-o!

Fr. José de Jesus Cardoso, OFM.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

UMA ESCOLA EM MOLÃES OU S.GIÃO '?


A Escola do Ensino Primário em 1861 na Penajóia, estava em S. Geão.
Os de Molães queriam-na no seu povo. Vai daqui, requereram à Direcção Geral de Instrução Pública.
De S. Geão defendiam o seu direitos alegando terem o dobro da população e ficarem mais vizinhos de Samodães, que não tinha escola, e distarem de Molães menos de um quarto de légua.
Foi pedido o parecer da Câmara de Lamego. Esta, «em vista dos esclarecimentos prestados por alguns dos seus Membros, e informações d’outras pessoas conspícuas da freguesia da Penajóia», entendeu que o inquestionavelmente devia ficar em Moles uma vez que era um lugar mais central, ali estava a junta de paróquia, e ainda por ali,« com pequenas interrupções, sempre esteve colocada».
Sabia-se que de Samodães nenhum aluno ia às aulas a S. Geão .Mas, voltando às distâncias, concluíram os «conspìcuos» membros da Câmara:«(...)» se de Sangeão a Mollães é menos d’um quarto de legoa é de Molães a Sangeão; argumento que só poderia aproveitar se estes dois povos sós formassem a freguesia».
Não há dúvida que saibam calcular distâncias...
Feitos os complicados cálculos, achou o Senado de Lamego, «de boa razão e justiça», transferência da Escola de S. Geão para Molães.
Mas um dia, S. Geão sempre conseguiu uma só para si...
LAMEGO, Dezembro de 1980.(F.J.Cordeiro Laranjo)

domingo, 22 de abril de 2007

MUSICOS DA PENAJÓIA


OS MUSICOS DA PENAJÓIA
(Dizem os livros e os papeis velhos)



Aí por volta de 1836, vivia na Penajóia um mestre régio que ensinava latim. Muitos rapazes desta populosa freguesia, que não andava longe dos 900 fogos, ali estudavam, e vinham a Lamego pedir ao bispo D. Frei José da Assunção que os ordenasse.
Não foram poucos os padres naturais da Penajóia.
Pois, nessa altura, resolveram alguns estudantes organizar uma filarmónica. Muitos aplausos, muita animação, e vá de andar em festas e folias. De tal modo se esqueceram os livros, que só para a «pândega» passaram a viver.
Como uma desgraça nunca vem só, e a «vida airada» acaba em asneira, à falta de dinheiro para manter tal viver, deram em constituir uma quadrilha de salteadores, que até à igreja da sua freguesia roubaram...
Mas, quem suponha que, «tão bem apresentados» e alguns de «boas famílias», eram os malfeitores, já com mortos por sua conta? E o pânico na região durou uma temporada...
Não há mal que sempre dure e, um dia, descobriu-se a quadrilha. Quase todos foram presos. Escaparam três, um do qual morreu ainda não há cem anos e, o cronista, tocava clarinete, foi vereador, procurador à Junta Geral e... Comendador.
Ficaram célebres, como terror do concelho de Lamego, os «os músicos da Penajóia», mas morreram uns nas cadeias, outros no degredo em África.
Vejam os meus bons amigos, a sorte que têm: estão livres de arranjar uma banda com estudantes de latim, que já os não há...


(Ecos de Penajóia – Maio de 1979) F. J.C. Laranjo.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

OUTRA VEZ A BARCA DO MOLEDO (2)

Nos princípios do século XIX, ainda a Barca, a Albergaria e a Capela do Moledo tinha um juiz, que era eleito e nomeado pelo Senado de Lamego. A Barca já não era «por Deus», mas «por dinheiro», como contei em Junho do ano passado. Em Novembro de 1843, por portaria do Ministério do Reino ficou a pertencer à Câmara de Lamego a administração das Barcas do Moledo, Carvalho e Bagaúste. Logo que se estabeleceram regulamentos. As barcas não podiam ter menos de setenta palmos «da ôca da ré, à ôca d’ avante», e a tripulação, em «rio alto, não teria menos de seis homens, e em rio baixo três homens» (Era «rio alto» se cobrisse a Junqueira e «rio baixo», se a não cobrisse). Haveria ainda um barco ou rodeiro de vinte e cinco palmos «de ré avante» com 3 homens de tripulação. O barqueiro era obrigado a dar passagem aos particulares «desde a alva até ao fechar da noite; e aos militares em serviço assim como os correios a toda e qualquer hora, sob a responsabilidade de suas pessôas, e das de seus fiadores, e nunca da Câmara». Como é de calcular, fixou-se também uma tabela de preços das passagens. Por pessoas10 réis ; por cavalgadura carregada ou descarregada 20 réis; com carro com bois e carga, ou sem ela 100 réis; por liteira com parelha 160 réis; por sege com parelha 200 réis; por volumes avulsos descarregados nas Barcas 5 réis por arrôba. Estes direitos de passagem dobravam em « rio alto». Por dez réis gostaria de ter passado na Barca do Moledo com a tripulação, tão diversa de passageiros e tão variada de «tralha».

(Ecos de Penajóia, E. J. Cordeiro Laranjo)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

PENAJÓIA – POVO DE PASTORES

(Dizem os livros e papéis velhos)

Quando os homens não tinham tantas ambições, porque eram mais simples, e viviam a vida pastoril, a Penajóia era uma cidade. (Dizem livros velhos e eu digo o que eles me dizem). Era a cidade de pequenos gados, do gadinho, num lugar que hoje chamam Guediche (de guedicho, ou gadinho), lá para cima, para os lados do monte do Poio.
Aos poucos, calmamente, foram as gentes descendo até ao Douro. E, nesta descida, foi a agricultura tomando desenvolvimento, e o gado esquecendo.
O Guediche e o monte do Poio ficaram baldios mas, daí para baixo, nasceu o “Jardim do Douro”; onde não havia árvore de fruto que senão conhecesse. Era um paraíso. A Penajóia conhecia-se como terra das cerejas. Até as havia maduras em Fevereiro, ali para a Ribeira de Fornos.
Toda a Penajóia produzia também vinho, e vinho em abundância. Até que, nos meados do século passado, apareceu o oidium, e foi uma dor d’alma. As videiras adoeceram, começaram a desfalecer e de todo morriam, se não se descobrissem a aplicação do enxofre. Mas, até esta descoberta, muitos foram os lavradores que começaram a comprar gado e pensaram voltar à vida pastoril, como nos tempos da antiga Guediche...

In, “Ecos de Penajóia”, Setembro de 1979

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A PROPOSITO DA CAPELA DE S.GEÃO

Dr.Laranjo

CAPELA DE S.GEÃO


Aqui há uns duzentos anos, em S.Geão da Penajóia, não se dizia a capela de Nossa Senhora da Encarnação. Era a capela de Nossa Senhora de S. Geão. Ali se iam a sepultar os fiéis do lugar, mais os vizinhos da Corvaceira, antes que se fizesse o cemitério, que hoje encontramos ao lado.
Diziam velhos livros, que era capela de muito valor, porque tinha três altares, era a maior depois da paroquial e, até “Superior a muitas das nossas egrejas parochiaes”...
Neste pova de S. Geão houve, em tempos antigos, uma mulher tão rica que, no testamento, mandou que se dissesse pela sua alma treze mil missas!. Segundo conta o Doutor Pedro Augusto Ferreira. Mas há mais que contar deste lugar.
Muitas vezes demorámos em S. Geão, e acontecia-nos encontrar a capela sempre fechada. Uma vez, em que andava em obras, foi-nos possível a visita.
Já vimos muitos santuários, modestos uns, sumptuosos outros. Por isso não julgávamos que iríamos ficar pasmados. Mas, ficamos. Frente a frente dois altares com o Senhor Crucificado, de proporções notáveis e sensivelmente iguais, como que em concorrência de veneração – O Senhor da Misericórdia e o Senhor dos Milagres...
Aonde chegou a ignorância de velhos antepassados, e a negligência do pároco desses tempos?!
Íamos a observar aquele “pleonasmo”, achando mais a propósito colocar uma das esculturas no altar- mor, quando uma “sapiente doutora em Teologia, Direito Canónico e em arte” nos ameaçou de excomunhão e quase nos “ chumbou”, reduzindo-nos à nossa insignificância.
De pronto, fizemos ali solene promessa à Senhora da Encarnação de, pacientemente, sofrer-mos aquela mágoa (que certamente naquele lugar a Mãe de Deus também sofre), quedando-nos no silêncio.
De regresso, pelo caminho, pensámos que, por oportuna conveniência, se poderia escrever aquela passagem do sermão da montanha, em termos modernos: Bem aventurados os pobres em espírito...


Ecos de Penajóia

BARCA DE MOLEDO

DIZEM OS LIVROS E PAPEIS VELHOS
A Barca “Por-Deus” na Penajóia Noutras eras, de Lamego para Mesão-Frio e Porto, era passagem a Penajóia. Só nos tempos do senhor Rei D. José I é que se fez a estrada por Cambres, a caminho da Régua. Pois, naqueles antigos reinados, como ia dizendo, foi o Moledo da Penajóia importante porto para a travessia do Douro. A Santa Princesa Mafalda, dizem uns, a Rainha Santa Isabel, dizem outros, mandou ai fazer uma albergaria, com hospital e botica, e também uma capela e, mais mandou, que uma barca passasse, ao outro lado, sem que pagasse, qualquer pessoa pobre ou rica. Para tanto, deixou terras que muito rendiam. Assim começou a barca “Por-Deus”. Primeiro foram os barqueiros grangeando as terras, depois arrendaram-nas. Mais tarde passou El-Rei a nomear administradores. Davam aquela fazenda, em foros, dinheiro que mantinha um capelão na capela de Nossa Senhora da Ajuda, e o barqueiro no serviço dos viajantes. Ainda há duzentos anos, ia a Câmara de Lamego ver se os barqueiros levavam dinheiro pela passagem na barca, se esta andava bem concertada, se na capela eram celebradas as missas de obrigação, se os pobres tinham a assistência de que necessitavam... Mas, em 1875 já o hospital ou albergaria, era propriedade particular, e a barca “Por-Deus” era por dinheiro”. Foi que os povos de Penajóia se esqueceram da Senhora da Ajuda. Então, aSenhora não mais lhes deu ajuda...
Lamego, Junho de 1979 E.J.Cordeiro Laranjo (Ecos de Penajóia)

IGREJA DO SANTISSIMO SALVADOR


IGREJA DO SANTISSIMO SALVADOR



QUANDO FOI CONSTRUIDA?


Na sua forma actual tudo indica que é dos fins do século XVII. Mostra-o visivelmente o estilo em que está construída. Antes e no mesmo lugar existia uma Igrejinha mais pequena, que com o aumento da população teve de ser demolida para dar lugar à actual onde pode acolher mais fiéis.
Não é um barroco do mais ricos, mas também não é dos mais pobres. A riqueza do barroco varia de templo para templo.
As pedras aparecem com majestade e grandeza; no saltares os ornamentos também desse tempo (nem todos são desse estilo e época), a misturada tinta escura e do ouro procura tirar o melhor efeito do conjunto. No tecto, as figuras de santos aparecem em florões que quase se abafam.
O seu valor é de grande riqueza. Uma verdadeira jóia perdida nesta encosta desta “formosa”Penajóia.
Fr.Jose de Jesus Cardoso.

domingo, 1 de abril de 2007

IGREJA VELHA


Velha Igreja erguida
na minha terra natal,
para mim és amais linda
de todas de Portugal.



Estás longe é certo
mas branca como um ovo
não estás num deserto
e serves bem o povo.

O povo desta região
já lhe custa ir lá riba,
trá-la no seu coração
mesmo depois de destituida.

Quizerem os nossos Avós
que a Igreja velha ficasse
a ser um simbolo para nós
e paraquem nela passe.

Ficou na minha memória
as vezes que lá fui a pé
como quem canta vitória
aos homens que a puseram de pé.

Ó alegre juventude
fazei coisa que se veja:
Vamos todos agradecer
Ao Stmº.Salvador da Igreja.


Fr. José Jesus Cardoso, OFM.

BARCO RABELO


RIO DOURO


A única forma de conhecermos o esplendor deste rio e desfrutar desta maravilhosa paisagem sem igual é, navegando nas águas calmas e represadas entre as suas barragens. Isto porque é um dos mais belos rios internacionais integrado no parque natural do Douro.
Do Porto à Barca d’Alva num percurso de 160 Km, ou mais.
O relevo destas zonas caracteriza-se pelo perfil fluvial onde os vales formam vertentes escarpadas e falésias com mais de 400 metros de altura, fazendo uma paisagem de beleza única e impressionante.
Hoje o Douro Internacional com suas barragens tem uma crescente e amigável convivência com os turistas.
O Rio Douro em todo o seu percurso é amaciado por cinco barragens onde se podem ver coisas da natureza quase intactas onde a mão do homem ainda não chegou. Há algo de mágico por estas terras. O visitante encontra aqui um mundo à parte nesta excelsa e magnifica natureza onde apetece ficar dias sem fim nesta quietude e espanto.
Hoje são enormes barcos motorizados não regateando velas para os mover. Mais parecem casas a flutuar pelo rio dando um lindo espectáculo aos olhos de quem os vê.


Fr. José Jesus Cardoso, OFM.

 
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