terça-feira, 1 de abril de 2008

Cecilia Meireles



CECÍLIA MEIRELES: ETERNA POETISA
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário público, e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides.
Escreveria mais tarde: Sua infância de menina sozinha deu-lhe duas coisas que parecem negativas, e que ela as transformou em positivas, silêncio e solidão. Em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com distinção e louvor. Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal. Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, Espectro. Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.
Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos. Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio O Espírito Vitorioso, uma apologia do Simbolismo. Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se novamente, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo. De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação. Em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo. De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ). Batuque, Samba e Macumba, com ilustrações de sua autoria, foi publicado também em Portugal. No ano de 1939 publicou Olhinhos de Gato, na Revsita Ocidente. Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ). Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho. Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhí. Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962. Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963. Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile. Em 1965, é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão entre outros. Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner. [Reportagem de F. Martins publicada na versão impressa de http://www.jornalnovastecnicas.com.br/ de dezembro de 2006]

2 comentários:

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Só uma correção: Cecília não estudou no Instituto de Educação. Estudou na Escola Normal do Distrito Federal, no prédio à Rua São Cristóvão, Bairro Estácio de Sá. Esta Escola Normal foi, em 1932, chamada de Instituto de Educação, com a implantação de metodologia escolanovista, sendo Diretor da Instrução Publica Anísio Teixeira. Quando Cecília estudou na Escola Normal o Diretor do educandário era Hans Heilborn.
Heloisa Helena Meirelles
Coordenadora do Centro de Memória Instucional do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (designação que recebeu o Instituto de Educação após 1997)

 
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