quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

TRADIÇÕES E DEVOÇÕES

Para além do padroeiro S. Salvador, Nossa Senhora de Fátima, Senhora da Piedade, Senhora da Ajuda, Santo António, Senhor dos Milagres e S. Sebastião, foram dos santos preferidos das gentes de Penajóia que viam nestes os grandes protectores para os seus males. Mas a devoção do Penajoiense volta-se em primeiro lugar para Santíssimo Salvador e Nossa Senhora. Devoção mariana manifesta-se numa série de tradições arreigadas no povo de Penajóia até aos dias de hoje:

- As Trindades: Costume de rezar, três vezes ao dia, ao toque das "Avé Marias" ou "Trindades". Ao toque das Trindades todos os trabalhos paravam. Os homens tiravam o chapéu e começava a oração, sempre orientada pelo pai ou pessoa mais velha.


- Reza do Terço:


No tempo em que a televisão ainda não tinha roubado o tempo aos serões familiares, a recitação do terço era uma componente obrigatória dessas noites compridas da aldeia. No final da recitação do terço propriamente dito, a preceder a Salve Rainha, tinha lugar um espaço de orações particulares, pelos entes falecidos e outras intenções, em que se repetiam orações populares não oficiais transmitidas oralmente de geração em geração. A lista de santos, devoções e obrigações era geralmente bem longa, provocando a impaciência dos mais novos, mas de modo nenhum esta piedade se tornava maçadora, num tempo em que os serões davam tempo para tudo. Até porque, enquanto se iam dedilhando as contas do rosário, as mulheres iam ocupando as mãos a fazer meias e outros trabalhos manuais.

Quarenta horas: Enquanto o mundo dava espaço a todos os excessos do carnaval, antes de entrar na quaresma, os devotos de Penajóia reuniam-se durante dois dias para desagravar os pecados do mundo e preparar a entrada na quaresma. Tradições que se vão diluindo com o progresso.

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